Milton Valdameri: Desconstruindo Olavo de Carvalho

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Olavo de Carvalho é um polêmico jornalista, famoso pelo uso de palavrões, astrólogo, autor de vários livros e criador de um curso chamado Seminário de Filosofia. Considerado filósofo por uns, mas por outros não, ficará ao critério do leitor considerá-lo ou não um filósofo.

A desconstrução não deve ser confundida com agressão, não visa desconstruir o Olavo ou sua obra, mas o mito, apresentar algumas graves falhas que o colocam mais próximo de um mistificador do que de um filósofo. Existem muitos méritos para serem reconhecidos na obra do Olavo, a desconstrução do mito é apenas um estímulo às análises mais criteriosas, colabora com a divulgação da obra e se contrapõe aos opositores que ao invés de contestá-lo, fingem ignorá-lo e tentam escondê-lo.

O ônus da prova

A primeira parte da desconstrução não poderia abordar outra questão, pois é um critério científico, filosófico e lógico, que aquele que afirma tem a responsabilidade de apresentar as evidências daquilo que foi afirmado. É possível encontrar na internet, o Guia de Falácias, onde encontra-se a Falácia da Inversão do Ônus da Prova, que consiste em alegar que algo é verdadeiro por que não foi provado falso.

Em um dos programas True Outspeak, Olavo argumentou o seguinte: “acreditar na existência da realidade, acreditar na identidade das coisas, é uma coisa espontânea do ser humano. Se você contesta, você é quem tem que provar a sua contestação. O fato de que os primeiros princípios da lógica não podem em si mesmos, serem jamais provados e que deles dependem a prova de tudo o mais, já se demonstra com máxima clareza que não é possível o ônus da prova ser de quem afirma”.

Em primeiro lugar, o Olavo não citou qualquer um dos primeiros princípios da lógica, portanto trata-se apenas de palavras jogadas ao vento com falsa erudição, uma vez que não há como saber o que o Olavo considera como primeiros princípios da lógica, nem avaliar se os mesmos podem ou não serem provados em si mesmos.

Os primeiros princípios da lógica são os lógicos absolutos, que são chamados assim justamente por que são provados em si mesmos. Lógico absoluto é tudo aquilo que é verdadeiro por sua própria definição, como por exemplo o círculo. Uma vez definido o círculo, sendo uma linha curva regular, cujas pontas se encontram (minha definição), é possível dizer que o arco-íris não é um circulo:
-       o arco-íris é uma linha em curva regular;
-       as pontas do arco-íris não se encontram;
-       logo, o arco-íris não é um círculo.

Para mostrar por que o círculo é um lógico absoluto, basta utilizar a definição apresentada, traçar uma linha curva regular, cujas pontas se encontram, para resultar num circulo. O princípio da falseabilidade (refutabilidade) de Karl Popper, um dos princípio do método científico, está devidamente respeitado, pois basta traçar uma linha curva regular, cujas pontas se encontram, mas que NÃO resulte num círculo, para que a definição seja refutada.

Um mistificador poderia facilmente recorrer ao Pirronismo, alegando que não foram apresentadas as definições de linha, de curva ou de ponta. No entanto trata-se de outros lógicos absolutos, onde pressupõe-se que o interlocutor tenha conhecimento do que é uma linha, uma curva ou a ponta de uma linha. Desta forma, ficou demonstrado que todo e qualquer argumento, quando retrocedido sucessivamente, encontrará em algum momento uma sequência de lógicos absolutos que sustentam toda a lógica, sendo necessário retroceder mais ou menos, dependendo do conhecimento ou da ignorância do interlocutor.

Olavo de Carvalho afirma no vídeo, que é imperdoável para Richard Dawkins e Daniel Dennett (que se diz filósofo), não saber que o ônus da prova NÃO é de quem afirma. A falácia do Olavo de Carvalho não ficou limitada à inversão do ônus da prova, mas também apelou para a inversão de toda a lógica, onde de alguma forma, a lógica prova tudo com base em algo que não pode ser provado. A falha poderia ser considerada irrelevante para alguém sem preparo técnico, como diria o próprio Olavo, mas é imperdoável para o Olavo de Carvalho (que se diz filósofo).


O que é uma ciência

No mesmo vídeo onde Olavo de Carvalho inverte o princípio do ônus da prova, também explica para o interlocutor e demais ouvintes, o que é uma ciência: “ciência é o seguinte, você faz uma hipótese que um certo campo de fenômenos tem uma certa homogeneidade e que esta homogeneidade é definida por certas constantes, em seguida você vai investigar estas constantes. Isso quer dizer que em primeiro lugar, nenhuma ciência pode estudar uma realidade concreta, ciência só pode estudar recortes feitos hipoteticamente, tudo o que ela diz só vale dentro deste recorte feito hipoteticamente, nenhuma ciência pode dizer “A” sobre a realidade concreta, por que a realidade concreta não existe para a ciência”.

Olavo de Carvalho consegue mostrar uma enorme confusão mental, confundido a ciência propriamente dita com uma ramificação da ciência, chamada por ele de “uma ciência”. O simples fato de dizer que existe “uma ciência” sugere a existência de “outras ciências”, não deixando dúvidas sobre a incapacidade de entender que existe apenas UMA ciência com diversas ramificações, tornando-o completamente incompetente para pronunciar-se sobre qualquer questão científica.

Olavo consegue mostrar uma confusão mental muito maior, quando afirma que a ciência (uma ciência) não pode ser pronunciar sobre a realidade concreta. Por dedução óbvia, a bomba atômica, o desenvolvimento tecnológico e o descobrimento da cura de uma grande quantidade de doenças, não fazem parte da realidade concreta para o polêmico jornalista (que se diz filósofo).

O vídeo em questão refere-se à uma explicação sobre a existência de Deus, que o Olavo deu para um ouvinte do programa True Outspeak, chamado Tiago, que ligou para o Olavo durante a transmissão do programa. Além de explicar para o Tiago, que o ônus da prova não cabe a quem afirma, que a ciência (uma ciência) não pode se pronunciar sobre a realidade concreta, também explicou que Deus é transcendente, que Deus só pode existir como realidade concreta e que a existência de Deus é uma questão de ordem metafísica.

Ao afirmar que a investigação da existência de Deus é uma questão de ordem metafísica e que Deus só pode existir como realidade concreta, Olavo afirma implicitamente que a realidade concreta é uma questão de ordem metafísica. Sendo a metafísica a realidade concreta, uma questão de ordem física só poderia ser uma realidade abstrata, mas como o Olavo afirmou que a ciência (uma ciência) só pode se pronunciar sobre um “recorte feito hipoteticamente”, resta a possibilidade de existir (na mente do Olavo) uma realidade hipotética.

O fim da ciência moderna

Olavo de Carvalho participou do vídeo de divulgação do livro O Enigma Quântico, onde afirma que a época da modernidade científica está encerrada, não sobrevive aos exames feitos pelo autor do livro, não sobrevive à pesquisa histórica dos últimos trinta anos, que tem revelado uma imensidão de falsidades na história das origens e da constituição da ciência moderna.

Olavo citou uma carta de um cientista, que afirma que não existe a menor prova do sistema heliocêntrico, depois citou um suposto experimento realizado por dois cientistas, Michelson e Morley, descrito pelo Olavo da seguinte maneira: “se de fato a Terra se move em volta do Sol, então deve haver diferenças na velocidade da luz em vários pontos da Terra, conforme as várias estações do ano. Eles mediram isso milhares e milhares de vezes, e viram que não mudava nada, então das duas uma, ou a Terra não se move, ou é preciso modificar a física inteira. Então um cidadão chamado Albert Einstein viu isso e achou que era preferível modificar a física inteira, só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo”.

Antes de qualquer comentário, é necessário esclarecer alguns detalhes sobre o experimento dos dois cientistas. O objetivo do experimento era verificar a existência do éter luminescente, que sofreria perturbações devido ao movimento da Terra ao redor do Sol, causando uma diferença nas medições da velocidade da luz em diferentes lugares do planeta. Os cientistas obtiveram diferentes medições e reivindicaram a comprovação da existência do éter. A comunidade científica entendeu que as diferenças nas medições não eram significativas o suficiente para demonstrar a existência de éter.

Também é necessário esclarecer que Albert Einstein não tinha a intenção de mudar toda a física (e não mudou), na verdade os resultados da Teoria da Relatividadecontrariaram o desejo de Einstein, que era justamente compreender o cosmo através dos princípios newtonianos, mas descobriu que estes princípios não se aplicavam em situações astronômicas. A Teoria da Relatividade de Einstein sepultou definitivamente a hipótese da existência do éter.

Olavo de Carvalho deturpou o objetivo do experimento, as premissas do experimento e o resultado do experimento, utilizando sua própria falsificação para acusar a ciência de falsificações históricas e científicas. Não satisfeito com a nobrezada deturpação do experimento de  Michelson e Morley, Olavo acusa Einstein de modificar toda a física, apenas para não admitir que não havia provas do movimento da Terra em volta do Sol.

O movimento da Terra ao redor do Sol pode ser observado facilmente, bastando estar na Linha do Equador e observar as constelações nos solstícios e equinócios, sem necessitar sequer de um telescópio. Um ensaio de minha autoria está disponível no seguinte endereço:


O progresso da cultura

Olavo de Carvalho ministra um curso, com duração de cinco anos, chamado de Seminário de Filosofia. A introdução ao curso está disponível em um vídeo com uma hora e quarenta e cinco minutos, onde é possível identificar vários absurdos, mas comentar todos seria cansativo e desnecessário, pois se algo é absurdo em seus princípios, então todo o restante é absurdo por sua essência.

Mostrando uma suposta erudição, Olavo ensina que é possível progredir culturalmente, mas não é possível regredir, por que o tempo só vai para frente, nunca vai para trás, portanto regressão não pode ser o contrário de progresso, no entanto a cultura se deteriora. Olavo também ensina que progresso é uma unidade de medida que deve ser aplicada aos acontecimentos históricos, para saber aonde ele se realizou e aonde ele não se realizou, fazendo também uma relação entre progredir e melhorar.

É simplesmente impossível saber se o Olavo fala sobre cultura, sobre progresso ou sobre o tempo, tudo é usado conjuntamente para mostrar erudição, mas em nenhum momento algo é especificado, muito menos definido, não há qualquer definição que permita identificar se o tema trata da cultura de pepinos ou de abóboras. Para elucidar o “enigma olavético” é necessário analisar separadamente cada um dos temas entrelaçados pelo Olavo, tempo, progresso e cultura.

O tempo não progride, não regride e não se deteriora, é uma dimensão onde os eventos acontecem e que não interfere em nada. Quando não há mais tempo para alterar o placar de uma partida de futebol, o tempo não deixa de existir, o que deixa de existir é a partida de futebol, não há qualquer registro de que o tempo tenha feito ou evitado um gol. É necessário que haja tempo para que algo aconteça, seja como progresso ou como regresso, mas também é possível que algo permaneça estável (ou estagnado) durante algum tempo, mas não há relação de causa e efeito entre tempo e acontecimento, o tempo nada causa, apenas permite que aconteça.

O progresso é relativo, portanto não é possível falar em progresso de forma generalizada. O progresso na construção de uma casa não pode ser avaliado da mesma forma como o progresso no tratamento de uma doença. Um tumor pode progredir (aumentar de tamanho) durante algum tempo e regredir (diminuir de tamanho) depois de iniciado o tratamento, no entanto o tumor não melhorou (não se tornava um tumor melhor) enquanto progredia aumentando de tamanho, nem se deteriorava enquanto diminuía de tamanho.

Considerar o progresso uma unidade de medida, é tão descabido como considerar o espaço uma unidade de medida. Basta uma instrução mínima para entender que o espaço necessita de uma unidade de medida para ser medido, não é possível usar o espaço para medir alguma coisa, acontecendo o mesmo com o progresso. Seria realmente interessante se o Olavo de Carvalho nos dissesse quantos progressos media a cultura egípcia e quantos progressos media a cultura babilônica.

Cultura é um termo muito abrangente, podendo expressar costumes, expressões artísticas, crenças ou até mesmo quantidade de conhecimento. Olavo de Carvalho não especifica em que sentido a palavra cultura está sendo usada, trata   de todos os sentidos ao mesmo tempo para aparentar erudição.

Dizer que a cultura musical de uma sociedade progrediu com o aumento da quantidade de músicas, é equivocado por que a quantidade de músicas que são ouvidas por aquela sociedade não é necessariamente a mesma quantidade de músicas existentes. Também é equivocado dizer que foi progresso, quando o costume de ouvir um estilo de música foi substituído por outro, pois substituir é diferente de progredir.

Considerando a cultura como quantidade de conhecimentos, permite dizer que a cultura progride quando a quantidade aumenta e regride quando a quantidade diminui, para que a cultura se deteriore, é necessário que o conhecimento existente desapareça enquanto ainda é necessário.

O conhecimento sobre conduzir uma charrete foi substituído pelo conhecimento de como conduzir um automóvel, mas a cultura não deteriorou por que conduzir uma charrete tornou-se dispensável. Se o conhecimento sobre como conduzir o automóvel desaparecer neste momento, a cultura irá tanto se deteriorar como regredir, pois passará para um estágio cultural anterior ao estágio onde o conhecimento para conduzir o automóvel existia.

Olavo também ensina que não existe uma cultura atrasada em relação à outra, que atraso cultural não existe. Como não é especificado o sentido em que está sendo usado o termo cultura, nenhuma forma de avaliação pode ser feita. No exemplo da cultura musical, é impossível uma cultura estar ou não atrasada em relação à outra, elas podem ser apenas diferentes, mas quando considerada uma cultura medicinal, qualquer cultura que tenha alcançado uma quantidade menor de curas, estará atrasada em relação às outras que curam uma quantidade maior de doenças.

Como não existe uma unidade de medida que permita medir a confusão mental ou intelectual de alguém, fica difícil avaliar se no decorrer do Seminário de Filosofia a confusão progride, regride, se deteriora ou se está atrasada em relação ao objetivo desejado. Alguém com um pouco de compreensão da cultura atual, sabe que dizer que uma cultura está atrasada em relação à outra, é uma “força de expressão”, não é uma afirmação técnica, mas tudo indica que isso não será aprendido em cinco anos de Seminário de Filosofia.


A essência do método científico

Para encerrar esta série de artigos é indispensável abordar o ponto principal do
Seminário de Filosofia, que segundo o próprio Olavo de Carvalho é investigar a realidade, conhecer as coisas como efetivamente se passaram. O Olavo explica o que é realidade da seguinte forma: “Realidade é aquilo que todo mundo conhece, aquilo que já está dado para você no conjunto da sua experiência externa e interna, desde que você nasceu. A realidade é onde você vive, onde você se move, é onde você se alegra, chora, tem esperança, luta, tem vitórias e derrotas, isto é a realidade”.

Em nenhum momento foi mencionado se a realidade que será investigada no Seminário de Filosofia, é a realidade concreta, a realidade não concreta ou ambas as realidade, mas é mostrada a essência do método científico que será utilizado na investigação: “[...] imaginar as alternativas, imaginar as perspectivas possíveis, ir cruzando até que você encontre o limite da realidade, isto aí é a essência do método científico”.

Antes que alguém pergunte para que serve investigar a realidade, se a realidade é aquilo que todo mundo conhece, é aconselhável interpretar essa afirmação como “o conjunto dos conhecimentos de todo o mundo”, ou seja, não é algo conhecido por todos, mas a reunião de todos os conhecimentos. No entanto a investigação da realidade será a investigação de algo que já é conhecido por alguém em algum lugar.

A questão é: como saber se algo já é conhecido por alguém, para saber se faz parte da realidade e, portanto, pode ser investigado? Olavo de Carvalho estabelece um raciocínio circular, onde investigar a realidade é investigar aquilo que já está reconhecido como realidade, não é investigar algo para descobrir se é ou não é real. Substituindo a realidade por um cachorro, investigar o cachorro é investigar algo que já é reconhecido como cachorro, para então descobrir o que é um cachorro.

Felizmente o Olavo consegue romper barreiras e faz as estruturas da ciência modera estremecerem. Com um método científico capaz de investigar qualquer coisa de forma infalível, Olavo usa o imaginário para investigar a realidade. Aplicando o método do Olavo, investiga-se a realidade, com base naquilo que já é reconhecido como realidade, cruzando imaginários até que sejam limitados pela realidade, mostrando assim o que é realidade. Substituindo a realidade por um cachorro... deixa pra lá.


Pablo Capilé (que não se diz filósofo) costuma tratar tudo como uma questão de dissertativa, mas não afirma que tudo é uma questão de dissertativa. Olavo de Carvalho (que se diz filósofo) afirma que a essência do método científico é imaginar alternativas e perspectivas, portanto afirma que tudo é uma questão de imaginação. Qual é a diferença entre afirmar que tudo é questão de dissertativa ou tudo é questão de imaginação? Qual é a diferença entre a filosofia do Olavo de Carvalho e a filosofia do Pablo Capilé?

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29 comentários:

  1. Obrigado por publicar o artigo, eu gostaria muito se você apresentar um comentário.

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  2. DEIXEI DE COMPANHAR TEU BLOG. Postares um artigo desses com um invejoso se manifestando, destruindo o Olavo que é um dos únicos que ainda se esforça em mostrar onde estamos metidos, e apresentando soluções, foi uma falta de visão incrível.
    Fica com esses Milton´s da vida e sucesso,

    atenciosamente,
    déia

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    1. Cara, olha o delírio de senhor sobre ciência... Isso é ridículo! Acorde e viva a realidade (concreta).

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  3. Ciência modera? Não seria moderna? Desculpa mas se o senhor possui dificuldades de escrever um texto de 50 linhas sem cometer erro, seria correto tentar desqualifica-lo por conta de um erro desses? Toda obra vasta do Olavo, você tenta desqualificar por partes isoladas do seu discurso, ainda mais de um programa de rádio? Quantos livros dele o senhor leu?Por favor ne.

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    1. Parabéns, você encontrou um erro de ortografia numa palavra que foi escrita corretamente em outros lugares, portanto é NOTÓRIO que trata-se de uma falha de digitação.

      Talvez agora a Terra tenha deixado de se mover ao redor do Sol, em homenagem a sua gloriosa descoberta.

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  4. Esse texto é só uma coletânea de preconceitos. O autor demonstra desconhecimento total da obra do Olavo, e critica apenas um reflexo da própria ignorância.

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    1. E no entanto a Terra se move ao redor do Sol.

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    2. Como você é ridículo, só sabe falar isso?
      Típico de homens baixos... Vai ver é inveja do Olavo porque ele com sua personalidade forte e decidida conseguiu juntar milhares de fãs, enquanto você.. Bem, é melhor falar a frase de efeito "A Terra se move ao redor do Sol", do que admitir a superioridade do Olavo.
      haha

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    3. Caramba!!! Povinho cego esse!!! O Cara ainda acredita em heliocentrismo, não se deve defender isso! Nem se meu pai falasse algo assim eu deixaria passar. Idolatram um ser humano como se fosse um deus. Que pena.

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  5. Tudo o que você escreveu aqui se baseia apenas em sua completa incapacidade e inaptidão para compreender o que diz e escreve o Olavo de Carvalho. Ao descrever certas idéias que seriam defendidas por ele, você chega ao absurdo de o atribuir o exato oposto do que ele defende. É o que ocorre quando você diz que ele utiliza o "progresso" como padrão de medida, por exemplo.

    Sobre o ônus da prova e sobre "o que é uma ciência" você também não foi capaz de compreender o que ele disse. No tópico "A essência do método científico" você mostra que não tem nem mesmo a capacidade sub-ginasiana de compreender uma frase simples enunciada de uma forma alternativa.

    O único tópico que não sou capaz de apontar se você cometeu erros ou não é sobre "o fim da ciência moderna". Mas dado o histórico de burrice e total incapacidade de compreensão de frases simples...

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    1. Deixa eu ver se AGORA eu entendi: quando Olavo diz que Einstein mudou toda a física apenas para não admitir que a Terra NÃO se move ao redor do Sol, ele está dizendo outra coisa.
      Apenas ajude este pobre ignorante e diga, qual é a outra coisa que o Olavo está dizendo, cuja extrema inteligência da qual você desfruta é capaz de perceber.

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    2. LIVROS... Programas de 5 minutos não configuram o pensamento de um filósofo autêntico, e goste você ou não, o Olavo o é.
      Leia um dos livros dele de filosofia e venha aqui fazer o desconstrucionismo... Só vejo pessoas criticando ele por causa de 3 minutos de programa de rádio e não pelo que ele escreveu de substantivo..
      É uma lástima, pena que seu comentário será provavelmente "Nossa, e me diz porque então a Terra se move ao redor do Sol".. Típico de palhaços incapazes!

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  6. Exemplo de princípio da lógica:

    Se p -> q = -q -> -p

    E não confunda círculo com circunferência

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    1. Deixarei de confundir círculo com circunferência, imediatamente após você apresentar um círculo sem circunferência ou uma circunferência que não forme um círculo.

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    2. Nossa, mas agora você se superou. Vamos lá: não existe uma mãe sem um filho, nem um filho sem uma mãe. Mãe e filho NÃO SÃO equivalentes. Você precisa MUITO estudar.

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    3. Fazer referência ao filho não permite identificar a mãe e vice versa, inclusive uma mãe pode ter vários filhos e filhas (mas não conta para ninguém, é segredo), no entanto, uma circunferência não se relaciona com mais de um círculo, nem um círculo se relaciona com mais de uma circunferência, tampouco é possível evitar a relação entre um e outro, é impossível não saber a qual circulo pertence uma circunferência e vice versa. Portanto, círculo e circunferência confundem-se naturalmente, são diferenciados tecnicamente, mas inexistem separadamente.

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  7. Acompanho a Deia. Olavo de Carvalho é um símbolo aglutinador. Conclamo a todos que nos sigam.

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    1. Todas as seitas mistificadoras orbitam um símbolo aglutinador.

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  8. Milton, você me deixou mal com as olavetes... Teve uma até que disse que não leria mais meu blog e o Razu foi com ela.

    Mas eu notei uma coisa: essa gente que não dá um peido sem consultar o "mestre dos mestres" em vez de se explicar, limita-se a babar o ovo de Olavo com o argumento idiota que não há ninguém que esteja no nível intelectual do astrólogo, sendo ele, portanto, "incriticável".

    Astrólogo sim - ele realizava consultas astrológicas -, porque esse tipo de enganação não exige formação acadêmica, coisa que até hoje lhe faz muita falta, já que ele não a tem em nada (talvez em jornalismo?). Essa disciplina seria necessária até por questões de aprendizado sobre coisas banais, como ser bem educado. Aliás, não só filósofos, mas qualquer profissional que se preza tem o dever de se submeter a umas aulinhas de reciclagem, periodicamente. Todos menos Olavo, o autodidata que não erra, não depende de ninguém e se julga deus.

    Vai estudar, Olavo!

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  9. Cada vez que aparece um texto desse tipo, eu sinceramente penso: bom, será que vamos ver alguém realmente capaz de contestar o Olavo? Não em um deslize, porque isso ele sim comete aqui ou ali, e quem não? Mas em algo significativo. Eu não li o post todo, tenho mais o que fazer, mas pelos primeiros 4 ou 5 parágrafos você já percebe pelas construções das frases, pela falta de estilo, que o rapaz ai é uma pessoa ordinária (no sentido de normalidade). Sobre a questão das provas, o Olavo já falou e escreveu tanto sobre isso, em um nível tão mais complexo que esse rapaz não tem noção do mico que tá pagando. Enfim, vai estudar de verdade rapaz!

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    1. Deixa eu ver se entendi. Você não leu todo o texto, leu no máximo 5 parágrafos, mas julgou o autor e o próprio texto, então você ficou sem argumentos logo no início e fugiu imediatamente. Quanto as questões das provas, não faz a menor diferença quantas vezes o Olavo escreveu ou falou, da mesma forma como falar em nível mais complexo não torna uma asneira em verdade.

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    2. Acreditar no heliocentrismo é pouco?

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  10. Milton, o texto é interessante mas acho que você está cometendo alguns pecados por ignorância.
    Veja, o programa do Olavo teve uma certa longevidade e ajuntou algum conhecimento comum, ou seja, o Olavo disse muita coisa, repetiu algumas e deu outras por encerrada. No fim, quando o Olavo falava um termo como, "princípios de lógica", o ouvinte usual não teria nenhuma dificuldade em pensar na lógica clássica, como no Órganon, pois era recorrente ele se referir à esta. Quando Olavo fala sobre "ter que acreditar" nos termos básicos de lógica clássica, ele se refere à impossibilidade de se utilizar métodos lógicos para se explicar os próprios princípios lógicos (como "não", "sim", "igual", etc). Seria como uma microfonia de raciocínio, entende? Não vou me alongar sobre isso pois existe um bom material sobre isso por aí, principalmente em livros sobre lógica clássica, que vale a pena ser visto. Procure um e divirta-se.

    Sobre o Olavo ter sido astrólogo, apesar de ser verdade, é uma informação que é frequentemente usada com caráter puramente ad hominem. O fato do Olavo ter se tornado astrólogo foi consequência de um longo e proveitoso período de estudos acerca da filosofia medieval e médio-oriental. Não é muito fácil, nem aconselhável, que se estude a filosofia de um período sem se conteporanizar com as pessoas que teceram o dito conhecimento, por isso, sendo a astrologia um dos aspectos essenciais para se entender a cosmovisão de então, o Olavo acabou se enveredando pela mesma. Junta-se a qualidade do estudo histórico e filosófico diferenciada do Olavo com o modismo dos anos 70 e 80 quanto à astrologia e outros lances New Age e teremos o Olavo fazendo alguns mapas astrais (ou carta natal, como ele mesmo já disse) por aí, mas ele nunca deixou de ser jornalista (e dos bons) e nem filósofo. O "astrólogo" que podemos acusar o Olavo é no sentido de estudioso ("logista") do assunto, não há comparações honestas entre ele e João Bidu (que aliás não tem um décimo do conhecimento do Olavo na área e no entanto vive a séculos desta bobeira).

    Sobre o Olavo dizer "uma ciência" e você dizer que "só existe UMA ciência", bem, estão ambos certos e errados dependendo do referencial. Veja, a palavra "ciência" não foi inventada para descrever esta que nós todos conhecemos e amamos hoje em dia. O uso da palavra "ciência" tinha, e tem, dependendo do discurso, um sentido de atividade metodológica intrincada que, para o desenvolvimento da mesma, é necessária a adesão, estudo e devoção à certos princípios. Quando um filósofo fala "uma ciência", creia-me, ele melhor que ninguém sabe sobre o que está falando pois toda a ciência moderna só pode se realizar a partir de um debate filosófico, ao contrário do que muitos pensam, como a epistemologia, por exemplo. Eu, que sou um artista marcial, por exemplo, acho que o termo, "ciência combativa corporal" cairia melhor sobre minhas atividades (well, faz uns 3 anos que não treino, justiça seja feita), mas o termo, "arte" tem aqui uma conotação de conhecimento amplo sobre algo que só pode ser adiquirido através de entendimento subjetivo, muito treino e disciplina (como na "arte da corda bamba"). Resumindo, o discurso de um filósofo pode muito bem dizer "uma ciência" enquanto o de um biólogo, não, a menos que ele esteja falando sobre outra coisa fora da ciência como a conhecemos hoje. Hervé This, físico e químico francês, por exemplo, refere-se diversas vezes à culinária como "uma ciência" e claramente mostra uma separação de sentidos nisso uma vez que já escreveu alguns livros e artigos sobre a aplicação da ciência dentro "da ciência culinária". Ou seja, "uma ciência" e "A ciência", tudo isso é legítimo.

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    1. Como pode ver, acabo de escrever sobre duas coisinhas mínimas e já escrevi pra caramba, é que apagar um erro (ou o que eu acho ser um erro) frequentemente requer a apresentação de conhecimentos faltantes ou de pontos de vistas dísparos, porém racionais, sobre uma questão. Dado a falta de tempo e o fato de que eu perdi completamente o viço da vontade de debater na internet (prefiro o um tête-à-tête) vou tentar ser super rápido quanto ao restante do texto (mas não vá pensar que cometi a indignidade de não lê-lo todo).

      A questão de realidade concreta e ordem metafísica é realmente complicada e, falando em história da filosofia, relativamente nova. Há que se entender aonde a coisa degringolou sobre este debate para entender melhor. Uma das virtudes do Olavo é a sua irreverência quanto à "autoridade filosófica" e ele jamais se curvou à fama de nenhum monstro sagrado da área, chegando à leviandades de dizer que Nietzsche tinha ótimas sacadas mas que no geral era um filósofo para adolescentes, e quer saber, ele tem razão, para o horror dos ortodóxos. Se você tiver algum tempo e interesse, em um ou dois dos programas do Olavo e explica sobre em que condições se partiu para o pensamento moderno e que fraquezas, em sua opinião e na opinião de uma miríade de bons filósofos, esses sujeitos erraram (Decartes, Ockham, Bacon, Kant, Heggel, etc). Há bons textos desse tipo na obra de Eric Voegelin, Karen Armstrong (que não é filósofa), Mário Ferreira dos Santos, etc. Leia, mesmo que não concorde, é sempre indispensável entender o pensamento do interlocutor como forma de "cortar caminho" e evoluir verdadeiramente o debate.

      Sobre o fim da ciência e como o Olavo parece se colocar acima da bem aventurada Ciência, não é bem assim. Mais uma vez, falta o tempo de convívio para entender suas afirmações. Eu ouvi absolutamente todos seus programas e tenho pouco problema quanto a estas afirmações e enxergo honestidade nelas, apesar de não necessariamente concordar. Veja, para o Olavo (e não somente ele, mas chego a isso depois) a ciência lida menos com o concreto do que gostam de pensar seus praticantes. Por exemplo, certa vez ele perguntou como se podem separar algumas coisas e querer manter a sanidade das afirmações? Ele se questionou isso quando falou do "tempo" no conceito físico da forma como é levado em conta em uma equação. Ora, o tempo é algo ao qual só temos acesso a medida que enxergamos (figurativamente falando) o desenrolar de eventos, ou seja, o tempo puro, sem eventos, é, filosoficamente, uma aberração. Quando ele fala sobre essas coisas, estava justamente discursando sobre os pontos improváveis da ciência, passou por lógica clássica (que é largamente usada em computação, por exemplo) e matemática para demonstrar, com bastante eficiência devo dizer, que há uma enorme quantidade de pontos cruciais na ciência que são matéria de, por falta de palavra melhor, fé cega e isso é um assuntinho sujo que se evita tocar para não ferir a perfeição do quadro geral (bem ao gosto do heliocentrísmo de órbitas perfeitamente circulares de Copérnico). Sobre esse assunto, e falando de todas essas heresias que o Olavo falou, vale muito à pena ler, "O Enigma Quántico" de Wolfgang Smith, um sujeito com credenciais impecáveis no mundo da ciência, que vai certamente te ajudar a entender o que o Olavo quer dizer quando fala essas sandices.

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    2. Sobre o progresso da cultura "olavístico", por favor, leia o livro do antigo professor de Harvard, Christopher Dawson: Religião e progresso. Lendo esse livro você terá um melhor conceito do que diabos realmente é o "progresso" o que já será de grande ajuda para começar a entender sobre o que Olavo está dizendo. Longe de querer mostrar erudição, como você mencionou, o Olavo costuma "matar a cobra e mostrar o pau" e, tenho sido testemunha disso, se você o interpelasse sobre essa aparente mixórdia, ele teria todo o prazer do mundo em analisá-la de modo a não sobrar dúvida quanto às suas relações. Muitas dessas confusões, senão todas, são sanadas no decorrer do curso. O Olavo diz frequentemente que a filosofia deve ser ensinada a partir da pergunta e não a partir da resposta, de maneiras que eu acho que ao questionar isso tudo você está em um excelente caminho, só me parece que não está procurando as respostas no lugar certo.

      Sobre a ciência e o estudo do real, achei seu ponto de vista válido, mas é importante salientar que o Olavo não é tão imbecil assim quanto o seu texto talvez queira demonstrar. Quando o Olavo diz que a ciência serve para estudar o que é já é conhecido, isso é um treco filosófico muito cabeludo. Para se entender essa afirmação, vais ter que passar por todo um estudo sobre do que se trata a realidade nas várias épocas e povos e como ela é hoje.

      Eu comecei a escrever algo sobre o parágrafo assim, mas deu minha hora, vou deixar assim mas não quero que pense que te chamei de ignorante ou que empinei o nariz e coloquei um monóculo de aristocrata. Tudo que quero dizer é que a afirmação dele não é tão ruim quanto você crê, mas você tem que ver a coisa de outra forma. Você não está totalmente errado e até concordo que possa haver uma interpretação circular sobre o raciocínio dele, mas o mesmo, na verdade, é mais intrincado e bem acabado do que o discurso que você ouviu fez parecer. Mereceria da sua parte procurar saber se há compatibilidade da sua interpretação com o pensamento do Olavo nesse caso. Um aluno do Olavo que tem um ótimo conhecimento desta área e do que pensa o Olavo nesse âmbito é o Raphael de Paola (formado, mestrado e doutorado em física) que inclusive fez a tradução (ou revisão, não me lembro) do livro, "Enigma Quantico".

      Para terminar, gosto de me lembrar de que há uns 9 anos atrás, o Olavo não existia para o grande público. Eu, que não sou um sujeito ignorante, já tinha topado com um livro dele, "O imbecil coletivo", sem nunca ter tido o interesse de lê-lo. Foi em entrevistas dele com o Yuri Vieira que acabei por conhecê-lo e me encantei com a qualidade de sua erudição e o quão honesto ele era por SEMPRE dizer a bibliografia ligadas ao seu discurso. Algo tão pop e ao mesmo tempo tão alto nível foi totalmente novo para mim. Por conta desse velho boca suja eu conheci livros que até hoje 99% das pessoas de minha relação jamais ouviram falar e que são, verdade seja dita, autores da maior importância para a literatura ocidental. Digam o que quiserem, até hoje não pintou algo tão bom quanto o Olavo quando o assunto é filosofia e cultura para nós, reles mortais.

      Quer fazer a prova dos nove? Leia "Aristóteles sob nova perspectiva", do Olavo, "Convite à Filosofia", do Mário Ferreira dos Santos (indicado por Olavo e ninguém mais) e "História da literatura ocidental", de Otto Maria Carpeaux (também dica eterna do Olavo). Depois que ler isso, tente pegar um livro dos próceres da filosofia nacional, como por exemplo, Marilena Chauí, e veja se consegue engolir aquilo. Veja se depois disso consegue considerar Luís Fernando Veríssimo mais que uma tirinha de fim de revistinha da Mônica. E por aí vai.

      O Olavo é histriônico? Às vezes, mas também é inteligente pra chuchu além de ser uma pessoa, e eu detesto esse termo mas vou usar mesmo assim, "do bem".

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    3. Esse curso de Olavetologia que ele ministra vai criar vários "trotiskistas de direita". Um bando de pseudo-seres-vivos.

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