Sergio Rodrigues em seu blog na Veja, o “Sobre Palavras”, descreveu um absurdo etimológico que, pelo visto, está prestes a virar verdade absoluta, já que jornais, jornalistas, professores e até deputados-professores como Chico Alencar andam adotando e divulgando o disparate sobre a origem da palavra “aluno”.
Saí catando adeptos do contrassenso e, só na primeira página da busca no Google, consegui mais que o suficiente. Vejam:
“A palavra aluno vem do latim, em que a letra a corresponde a ausente ou sem e luno, que deriva da palavra lumni, significa luz. Portanto, aluno quer dizer sem luz, sem conhecimento.”
“A palavra ‘aluno’ tem origem do latim, onde a corresponde a ‘ausente ou sem’ e luno, que deriva da palavra lumni, significa ‘luz’. Portanto, aluno quer dizer sem luz, sem conhecimento. Não foi por acaso que Jesus exclamou: Eu sou a luz do mundo.” Ensinar é aprender - Ivone Boechat
“Drago tirou o nome para sua exposição da raiz latina da palavra ‘aluno’, que significa ‘sem luz’. ‘Foram os dias de mais luz da minha vida.’ Por sorte, captados em sua máquina.” Gilberto Dimenstein - Alunos luz
(http://aprendiz.uol.com.br/content/licelicoge.mmp)
“Marcos Meyer, psicólogo especializado em educação infantil, afirmou que para fomentar a autonomia da criança, ela deve instiga-la a aprender. Segundo ele, “’devemos deixar as crianças pararem de ser alunos e passarem a ser autoras a partir da luz dos educadores’, fazendo alusão à etimologia da palavra aluno que significa ‘sem luz’”.
(http://aprendiz.uol.com.br/content/cufrochece.mmp)
“É curioso lembrar que “aluno” vem do grego e significa “sem luz”. “A” como negativa, aquele a quem falta a luz. E o mestre, na concepção tradicional, seria o portador de uma chama divina. Não por acaso o 15 de outubro é consagrado aos mestres por causa da mestra da espiritualidade, Santa Teresa DÁvila, mas não temos de ter a pretensão da santificação nem de iluminações especiais.”
Chico Alencar - deputado federal -
(http://www.chicoalencar.com.br/chico2004/chamadas/2007/pronunc18102007b.htm)
“A palavra “aluno” tem origem do latim, onde “a” corresponde a “ausente ou sem” e “luno”, que deriva da palavra lumni, significa “luz”. Portanto, aluno quer dizer sem luz, sem conhecimento.
Fonte: Portal das Curiosidades”
(http://www.megacubo.net/origem-palavra-aluno/)
“lí em um texto que refere-se à paixão de conhecer o mundo uma frase ,que se lí corretamente é de madalena freire:”...o alfabetizador não alfabetiza o aluno;(aluno/sem luz,uí) ele é apenas o mediador entre o aprendiz e a escrita,entre sujeito e objeto...”
(https://www.listas.unicamp.br/pipermail/ead-l/2005-May/021410.html)
“Conceitos de autoridade e autoritarismo são facilmente confundidos atualmente. Para aquele que vê o educando como na Grécia Antiga, ou seja, “aluno” (sem luz), o autoritarismo será à base das tais relações. Entretanto, quando o educador vivencia uma relação de ensino-aprendizagem afetiva, a autoridade acontece automaticamente (respeito, tolerância, etc.).
É necessário repensar!”
(http://www.ulbra.br/esferaazul/atualidades/atual156.htm)
“Pedro estava decidido: vou ser professor de História. Fez o seu vestibular e passou. É verdade que passou lá nos últimos lugares, mas - ufa! - passou. Como estudante foi um aluno na verdadeira concepção da palavra: sem luz. Lembro que a palavra aluno origina-se do latim e quer dizer sem luz: a, que quer dizer distante de e lux que quer dizer luz. Era um aluno assíduo e, durante o seu curso, pouco faltou aulas.”
(http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/repre.htm)
“Aluno não é mais aluno: é educando, pois, como se sabe, a palavra “aluno” significa “sem luz”. Vê-los como seres “sem luz” é inadmissível e não louvar sua cultura pessoal (quase sempre televisiva e de gueto) é fascismo. Ensinar alta-cultura e valorizar a erudição é entendido como deplorável elitismo fora da realidade.”
(http://www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Reportagens&idjornal=129&idrep=1210)
“A idéia de uma livre expressão desse aluno, poderia se tornar uma ameaça para os sistemas educacionais em questão. O aluno é o ser sem-luz (alumni) portanto, incapaz de refletir acerca de sua própria existência.”
(http://www.orecado.org/?p=92)
Agora o artigo do Sérgio:
A palavra “aluno” tem origem no latim, onde ‘a’ corresponde a “ausente ou sem” e ‘luno’, que deriva da palavra ‘lumni’, significa “luz”. Portanto, aluno quer dizer sem luz, sem conhecimento. Pedagogicamente não deve ser mais utilizada, pois, segundo Paulo Freire, toda criança traz consigo uma bagagem, portanto ela não é um papel em branco onde o professor irá escrever novos conteúdos.
O texto acima apareceu num fórum internético e foi considerado a melhor resposta à seguinte questão: “Qual é a origem da palavra aluno?”. Reproduzo-o aqui porque, com sua marra politicamente correta, ele dá uma boa ideia da razão pela qual essa velha e furadíssima lenda etimológica tem vivido um momento de ouro nos últimos anos, circulando pela internet – inclusive em sites supostamente respeitáveis – em formulações parecidas com esta, que transcrevo de forma literal:
Não é nada disso. Aluno veio do latim alumnus, “criança de peito, lactente, menino” e, por extensão de sentido, “discípulo”. O verbo ao qual se liga é alere, “fazer aumentar, nutrir, alimentar”. Uma consulta simples a qualquer dicionário etimológico resolveria a questão.
Curiosamente, isso parece estar fora do alcance de muita gente envolvida em atividades pedagógicas, campo em que a asneira tem vicejado. O fermento que nutre a desinformação é ideológico: a falsa etimologia, afinal, denunciaria a visão estreita da pedagogia que se recusa a ver o estudante como um igual do professor, alguém que tem tanto a ensinar quanto a aprender, coisa e tal.
O irônico é que, com professores assim, isso acaba sendo verdade, ainda que pelas razões erradas.
Bom, quanto a Paulo Freire, eu acho até que é bem possível que ele tenha compartilhado - ou até mesmo criado - essa versão absurda. Já Chico Alencar não surpreende mais ninguém pelas besteiras que diz.
Bom, quanto a Paulo Freire, eu acho até que é bem possível que ele tenha compartilhado - ou até mesmo criado - essa versão absurda. Já Chico Alencar não surpreende mais ninguém pelas besteiras que diz.
Criei esta: ATENÇÃO, onde o A significa sem e o TENÇÃO é a energia elétrica, portanto "atenção" é sem energia, Desta forma fica explicado o que acontece com essa "thiurma", a atenção deles é igual ao apagão na rede elétrica.
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