Sempre fico infeliz quando vou a Brasília (estive ontem no STJ) e me deparo com o traço de Oscar Niemeyer. Sua arquitetura é projetada em escala absolutamente monumental e, portanto, guarda em si profundo desprezo pelo homem. Comunista, adorador de Marx, Lênin, Stalin, Fidel e cia., Niemeyer projetava para glorificar o Poder, não para tornar a vida do indivíduo mais leve e agradável (Ele não projetava varandas, odiava as árvores e ignorava o clima tropical. Seus prédios têm grandes áreas de subsolo e falta crônica de janelas, mesmo quando as edificações se localizam em frente ao mar, como é o caso de Recife ou Niterói). A construção de Brasília reflete a visão de um poder ditatorial, onde o Estado é o centro de tudo. Sua arquitetura tem um complexo de vira-lata, vez que o constante uso do concreto armado e sua magnitude colossal tentam transmitir a solidez e a riqueza que não temos. Sua arquitetura, mesmo sem querer, se tornou um monumento à nossa pobreza. Sua obra, em minha opinião, é uma ofensa ao Brasil.
Rodrigo Mezzomo
Confesso que nunca havia pensado nos projetos do Niemeyer sob esse aspecto, sempre mantendo minhas críticas à sua arquitetura inabitável separadas das minha críticas às suas convicções políticas de um verdadeiro pateta que tinha escritório na Avenida Atlântica e três Mercedes Benz na garagem, mas se dizia comunista.
Faz sentido.
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