Veado, Guaçuí e Suécia

Sai preguiça! Dois dias sem escrever deu cãibra no cérebro.

Bom, antes de mais nada eu queria dizer que me lembrei de um amigo que nasceu na cidade capixaba de Veado. Isso mesmo, Veado. É lógico que com o passar do tempo e com a assimilação nacional da palavra como designação de pederasta passivo - foi criada no Rio -, seus habitantes foram ficando indignados, até o ponto de proporem a mudança de nome. Tudo bom, tudo bem, ficou resolvido pela Câmara dos Vereadores, com a aprovação do então prefeito, que Veado passaria a se chamar Guaçuí. Beleza! Só que guaçuí - pasmem - é veado em tupi.

Voltando às coisas mais ou menos sérias, postei aqui, no sábado, sobre o suborno que a empresa sueca Skanska abriu investigação interna sobre o pagamento de propina a funcionários e autoridades brasileiros para viabilizar projetos com a Petrobras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

Nos comentários, eu afirmei que “O homem é susceptível à corrupção em qualquer canto. Os suecos não são honestos à toa - nem mais nem menos que qualquer outro povo - e nem nascem diferentes de nós. Suecos e tantos outros são ‘honestos’ por saber que se caírem em tentação a lei funciona em seus países”, enquanto Theresa e Milton apressaram-se em defender os suecos, de uma certa forma, me contestando, dizendo que é educação, cultura e outras coisas.

Então, eu gostaria de perguntar a ambos por que, no caso, a Skanska, que não tenta e nem suborna ninguém na Suécia, resolveu tentar fazê-lo aqui, senão pelo fato de ser público e notório que as leis no Brasil, além de estarem defasadíssimas, são pífias, os julgamentos de quem as infringe são feitos por juízes venais, incompetentes ou medrosos e as penas ridículas?

Ora, quem é honesto por educação exercita a sua honestidade em qualquer canto do mundo e em qualquer circunstância, já quem é honesto só para sueco ver, só a exercita na Suécia.