Acreditem, a notícia é verdadeira e passou despercebida em julho de 2013. Achei por acaso, em “O Tempo”, quando estava procurando outra coisa.
“Diante da escassez de investimentos públicos para os tratamentos de usuários de drogas no Estado e da alta taxa de ocupação das vagas públicas destinadas a esse tipo de abordagem, Minas poderá adotar uma medida polêmica: reservar 10% das vagas em concursos públicos no Estado para dependentes químicos. A sugestão foi feita pelo presidente da Comissão de Enfrentamento ao Crack, o deputado estadual Vanderlei Miranda (PMDB), durante o ciclo de debates Um Novo Olhar sobre o Dependente Químico, encerrado, ontem, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na capital. “Fomos muito cobrados de que o poder público não ajuda na reinserção de usuários de drogas. Sugeri isso ao governo, mas ainda não obtive resposta para decidirmos o que fazer”, afirmou.”
Embora suas palavras tenham sido textuais, deputado negou tê-las dito e que a sua proposta era para usuários recuperados pelas “comunidades terapêuticas”, o que vem a ser quase a mesma coisa, porque o problema não é o usuário em si, mas sim essa farra de cotas para isso ou aquilo, uma forma nojenta de preconceito que abole a meritocracia em detrimento de características como cor da pele, orientação sexual, situação financeira e agora essa novidade de privilegiar viciados, ou ex-viciados, seja lá como for. Isso sem contar com o óbvio empobrecimento técnico do pessoal e com a clara intenção de mascarar os dados negativos sobre a desigualdade social.
Parece que não colou.
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